quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

DINAMISMO EM AULAS E TREINAMENTOS - ESTUDO DIRIGIDO COMO TÉCNICA DE AULA OU DE REUNIÕES - DIREÇÃO E CONTROLE EM SALA DE AULA E TREINAMENTOS

Falando em estudo dirigido pode se pensar que é para mandar alguém estudar. Mas vamos considerar que tudo o que se faz em termos de aprendizagem (em qualquer circunstância) é um estudo. Usando esta técnica, pode-se ensinar a estudar, tornar o estudo DIRIGIDO E CONTROLADO (sem que estas palavras signifiquem palavrões), assim como tambem um grupo pode estar presente e a serviço de determinada aprendizagem que envolverá informações, participação, reflexões diversas, busca de soluções, ação na aprendizagem, equilíbrio disciplinar e estimulação na sequecia de passos. Isto tudo citado anteriormente e outras cosias que cada um descobre por si mesmo.
Para o ESTUDO DIRIGIDO sabe-se um tema, onde se quer chegar, quantos participantes e o tempo de que se dispõe.
Vamos colocar diretamente em três exemplos o que já foi feito, deu certo e cria ainda diversos filhotes programados.
Como o estudo é dirigido as instruções podem ser dirigidas de forma pessoal e é interessante que cada um tenha à sua disposição todos os passos com tempos, podendo ser por folhas individuais ou tela ou lousa.


ESTUDO DIRIGIDO 1- ANÁLISE DO PROCESSO EDUCATIVO - SALA DE AULA
(uma reunião pedagógica com professores de determinada escola)
1 - Faça uma leitura silenciosa e individual do texto:
"Disse um amigo a outro quando se encontravam na ponte sobre um rio.
- Olha como os peixes estão alegres no rio.
- Como é que você não sendo peixe sabe que os peixes estão alegres no rio?
-Por minha alegria em cima da ponte."


2- Discuta em seu subgrupo este texto fazendo as comparaçõess com a situação escola. Concordâncias e discordâncias em relação ao texto, importância nos relacionamentos, realmente o que é sentir o outro.
Alguém faz as anotações.


3- No espaço abaixo reescreva este apólogo, individualmente, substituindo as palavras : alegria e alegres por outras que reflitam com mais veracidade as situações, os sentimentos e os comportamentos que temos vivenciado em classe e que nos leva a analisar situações. Permanecer nos limites desta escola.




4- Em grupo releia o que cada um escreveu. Agora classifique as colocações e tambem faça uma classificação dos pontos positivos e negativos deste "novo" apólogo.


5- Leia individualmente a situação problema descrita abaixo.
"No dia 4 de maio de 2010 os professores de determinada escola reuniram-se com a orientação. sob a coordenação da direção geral para discutirem problemas referentes à situação de sala de aula.
Os ítens discutidos pelos professores foram:
- como me sinto na sala de aula?
- estou satisfeito/insatisfeito com a situação?
- o que me perturba?
- o que considero bom na situação, o que quero modificar, o que é insuportável?
- como é meu contato com os alunos?
Neste ínterim a direção lembrou aos professores que constavam dos objetivos prioritários da escola a educação integral, onde o aluno deve aprender a cultivar a própria liberdade de expressão e de iniciativa, respeitando-se os direitos de todos e de cada um, que a escola tambem deve desenvolver uma percepção do mundo que o cerca, em que todos os aspectos de umaconsciencia interior e exterior sejam desenvolvidos. E que tudo isto é meta de cada aula.


6- Responda individualmente a cada item  da reunião dos professores em colocações de no máximo cinco palavras (se possível!).


7- Leiam em subgrupo (se houver) e façam a somatória das opiniões. Não é discutir validades, mas somatória, portanto juntam-se apenas as opiniões diferentes.


8- Mudem de subgrupos cada um respeitando sua senha.


9- Neste novo subgrupo releiam o que cada um trouxe do passo 7.


10 - O subgrupo agora fará a montagem de um roteiro que vise uma mudança de situação. Devem ser itens claros, precisos, poucos, viáveis.
Redija estes passos.


11- Leiam em subgrupo algumas máximas com relação à Educação.
" Mestre não é só quem ensina, mas quem de repente aprende." JOÃO GUIMARÃES ROSA
"Aprendizagem nãoé uma prova e atletismo: o fôlego que exige é outro, a preparação técnica é outra e a exercitação é de outro tipo." FANNY ABRAMOVICH
"As coisas estão no mundo minha nega, só que eu preciso aprender". PAULINHO DA VIOLA
"... haverá uma revolução no que concerne as papeis de aluno e de professor". MACLUHAN  prevendo muitos anos atrás o que está acontecendo.
" O professorado brasileiro não atingiu sequer a "galáxia de Guttemberg": a utilização do livro. Comporta-se ainda como o lector medieval que recitava pergaminhos e papiros para alunos analfabetos" LAURO DE OLIVEIRA LIMA também há muito tempo atrás, há e não mudanças nos tempos atuais.
" E o professor, quem é?" MARLENE RODRIGUES


12- Depois de lidas as "máximas" que podem lhe dizer alguma coisa ou mesmo não lhe dizer nada releia o item 1 deste estudo dirigido e vá para o item 13.


13- Em subgrupo elabore uma "máxima" (frase) num "mínimo" de tempo possível.


14 - Em grupão cada subgrupo lê sua "máxima" e as propostas do item 10.


15- Decisão geral de quais itens do roteiro de propostas serão implantados desde este momento para ser avaliado após um mês.


NOTA RELATIVA AO TEMPO DE TRABALHO
Ítem 1- 3 minutos                                                  
Item 2- 7 minutos
Item 3 - 5 minutos
Item 4 - 5 minutos
Item 5 - 3 minutos
Item 6 - 5 minutos
Item 7 - 5 minutos
Item 8 - 30 segundos
Item 9 - 5 minutos
Item 10 - 15 minutos
INTERVALO - 15 minutos
Item 11- 5 minutos
Item 12 - 1 minuto
Ítem 13 - 5 minutos
Ítem 14 - 10 minutos
Ítem 15 - 20 minutos
TOTAL 77 MINUTOS E 30 SEGUNDOS - 1 HORA E 18 SEGUNDOS- com variações e intervalos!


Aqui apenas é um exemplo de estratégia que já foi bastante utilizada tanto em aulas como em reuniões e durante treinamentos.
Outra saída para esta estratégia seria o professor ou equipe técnica quando dispor de tempo "criar" para algumas ocasiões estudo dirigido para seus alunos.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

CURIOSIDADE EM TREINAMENTO

Na ultima postagem colocamos sobre características de um sabedor e de inicio falamos em curiosidade.
Como as aulas estão sendo dadas para uma troca entre quem tem que ensinar saberes com sabor e quem quer saber mesmo obrigatoriamente aprendendo.
Professores tendem a se sentirem atropelados por seus conteúdos programáticos, mas como este oferece tempo de sobra quando se trabalha em consonância pelo menos com a maioria de uma classe, poucos sabem.
Se ao inicio de uma aula há um despertar de curiosidade autêntica – não só do professor – dos alunos, esses corresponderão com atenção e onde esta estiver presente diminui a chance de aparecerem comportamentos indesejáveis.
Mas, como fazer isto em diferentes matérias, para diferentes cursos, diferentes idades, diferentes níveis e tantas outras diferenças? Vamos a alguns passos e alguns exemplos.
1- Disponibilidade do professor para despertar a curiosidade.

2- Levantar pontos de atualidades, de interesses, de atividades, jogos etc.
2.1 – a mídia oferece de vez em quando ou sempre informações sobre o mundo das ciências, políticos, geográficos, entretenimento e muitos outros que se não diretamente ligados, podem tambem ser referência. Procurar onde haja alguma correlação com sua matéria.
2.2 – Há revistas especializadas, e outros canais apropriados que oferecem conteúdos específicos. Saber usar e ensinar a saber como se utiliza internet estabelecendo critérios.
2.3 - Se alguém é professor de uma matéria deve saber como ela está progredindo no mundo. Atualizações específicas cada um deverá saber onde buscar.

3- Pesquisar direto com seus alunos. Oferecer um quadro do que sua matéria tratará e o que eles gostariam que fosse tratado de maneira mais prática e/ou criativa e/ou imaginativa e/ou informativa.

4- Programar tempo para cada aula ou a um determinado numero de aulas para discutir o tema o que se sabe, o que alguém pesquisou etc.

5- Oferecer atividades variadas para estes levantamentos.
5.1- Leitura de jornais, revistas e publicações atuais da mídia.
5.2- Troca de idéias mesmo que do tipo “já ouvi falar”.
5.3- Leitura de textos.

6- Propor atividades diferenciadas dinâmicas para este momento inicial de levantamento de curiosidades e interesses.
6.1- Cada dois ou grupo pequeno de alunos troca idéias sobre textos, programas, assuntos do livro, proposta de exercício.
6.2- Escolher apenas alguns para expor sua atividade.
6.3- Recolher por escrito o trabalho feito e atribuir alguma pontuação.
6.4- Informar que este tempo não extrapolará um tempo limite para que se possa dar andamento da matéria.

7. Este tipo de introdução levantando CURIOSIDADE é a tônica para garantir atenção de alunos e participantes de aulas, cursos, treinamentos e palestras. Não deve levar muito tempo, ele é introdutório.

8. Pode-se levantar a curiosidade e concentrar a atenção colocando-se brevemente o que será falado na matéria e sugerindo que prestem atenção, pois ao final cada aluno fará uma questão que depois poderão ser selecionadas para provas. Isto pode ser um trabalho individual ou grupal, mas obrigatório, com sanções ou prêmios.

CONCLUSÃO - A curiosidade deve ser alimentada durante toda a aula, com trocas de saberes, com lançamento de questão a ser respondida, como dar continuidade a um exemplo. Há muitas maneiras de se tentar ser curioso e promover a curiosidade.
Talvez a maior curiosidade seja descobrir como os alunos responderão a isto. Mas, não desanimar de antemão, tentar procurando chegar lá, são coisas de professor + sábio.
Desmistificando - Professores de matérias de exatas e universitários em geral dizem que para eles não são tão possíveis estratégias deste tipo. É só procurar, senão seu assunto estaria em desuso e fora das aprendizagens.

LISTA DIRETA PARA CUTUCAR E DESENVOLVER CURIOSIDADE E OFERECER UMA AULA QUE AGRADA A TODOS
1- Inicie a aula ou atividade com algo que não seja... bem , então...
2- Uma simples questão seria - o que fazem aqui e o que aprenderão com tal assunto
3- Lançar em lousa, por escrito, slide, uma frase ou qualquer outro meio uma curiosidade sobre a aula, quer de seu conteúdo, quer de sua estratégia.
SUGESTÕES - técnica do aviãozinho de papel, técnica da mala de viagem, técnica da elaboração de questão de provas, técnica do quadro vazado para ser completado durante a aula, colocação de um problema concreto que será desvendado através da aula, leitura de texto ou jornal, curto e atrativo etc... a inventar.
4- Criar duplas aleatórias (de preferência não com a escolha dos alunos) para acompanhar diferentes pontos da aula.
5- Levantar questões iniciais sobre o assunto e ao final da aula sortear três para ver se foram respondidas e se eram pertinentes.
6- Contar alguma coisa interessante, até biográfica de alguém curioso por natureza.
7- Sempre pensar em como o outro receberá sua estratégia. Coloque-se como alguém da sua platéia, assistência, com as características que possam apresentar e perceber como será esta recepção.
8- Não se alongue nestes momentos CURIOSOS, mas não os deixe de lado. Instigar a curiosidade, segura a atenção e em decorrência disciplina.
9- Entender o que é participação, interesse, entusiasmo e indisciplina. Colocar para os alunos ou participantes o que se espera deles para que tudo chegue aos objetivos propostos que é de aprendizagem, de saber com gosto.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

SABER TEMA 1 - CARACTERÍSTICAS PESSOAIS PARA QUEM GOSTA DE SABER -





Eu não sou nem especialmente inteligente,
nem especialmente talentoso.
Eu sou apenas muito, muito curioso.
 ALBERT EINSTEIN





O blog MARIA DESDOBRANDO PSICOLOGIA está introduzindo, gradativamente, alguns temas de SABER COM GOSTO DE QUERO MAIS.
Alguns temas terão que ir subdivididos pelo tamanho e o objetivo é que possam ser refletidos e até utilizados sobretudo por professores e pais. Muitos pais relegam saber para escolas, mas esta é só ajuda, a familia deve poder mais.

Nosso primeiro tema - CARACTERISTICAS PESSOAIS PARA QUEM GOSTA DE SABER.
Alguém que gosta do saber tem suas características, algumas natas, e muitas adquiridas.
Desde criança, quem gosta do saber se entrega à CURIOSIDADE. Em criança até se pode dizer para algumas coisas que somente se deve olhar com os olhos e não olhar com as mãos. Isso perante perigos, perante iminências de destruir algo que seja seu ou não.
A CURIOSIDADE é solta e deve ser saudável. Ela sabe que mesmo havendo limites ainda há pontos a serem ousados criteriosamente. As escolas deveriam se propor a garantir em sua grade curricular, a CURIOSIDADE, ou exigi-la na sua didática e metodologia, para toda e qualquer matéria. Os professores ainda não descobriram que instigar curiosidade na aprendizagem é a mola mestra para que haja interesse individual e em grupo, o que diminuem os problemas disciplinares.
O curioso não pode ser mal humorado. Ele gosta de brincadeiras. Mau humor é parede logo na frente do nariz. Ele então se diverte com suas aventuras curiosas. Ele é alegre e jovial. Quando a criança brinca, ela se desenvolve no que ela sabe fazer de melhor e mais completo. Descobre, experimenta, sente-se livre, faz o que gosta, sente que há paz no mundo.
OBSERVAÇÃO -
Pergunta-se aos professores qual deles incluiu CURIOSIDADE em sua programação anual, semestral, mensal ou semanal?
A mesma pergunta pode ser feita aos pais.

Outra característica forte da personalidade do sabedor é a IMAGINAÇÃO.
Amigos imaginários. Brincadeiras com enredo de filmes, livros, de vida. Soluções maravilhosas, surpreendentes. Um mundo cabendo num pensamento. Vitórias pessoais, sociais. Tudo ali bem perto, na própria cabeça. Para isso usam-se referencias do que se sabe, do que se quer saber e melhor, do que se pode inventar e mesmo se chegar lá.

Para ser um sabedor é necessário praticar.
A prática é a CRIATIVIDADE. Instigados a criar, a tendência é sair em busca de conhecimentos e possibilidades fora e dentro de si. A CRIATIVIDADE ultrapassa limitações. Mãos, mentes com todas as suas funções e coração com todo seu prazer atuam na criatividade. O mundo tem ido para frente, pela ousadia das pequenas e grandes criatividades. Das famosas que todos ficam sabendo, das anônimas e principalmente daquelas corriqueiras, do dia-a-dia, do fazer diferente e melhor. Tudo isso desde as brincadeiras do faz-de-conta, por toda vida até bem lá longe na mais plena maturidade.

A personalidade do sabedor é cheia de gosto pelo ASSOMBRO. Ele gosta de se espantar, de se maravilhar. Lida com experiências que se parecem com milagres ou maravilhas.

O amante do saber está sempre procurando por DESAFIOS do conhecimento, do uso intelectual para compreender, associar e criticar todo conhecimento.

O desafio chega a atingir sua capacidade de inventividade na UTILIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS, nas maneiras de usarem, fazerem e adaptarem coisas e situações aprendidas.

Vivendo essas características já citadas, há uma exigência para a personalidade do sabedor de ALTA ENERGIA. Isso lhe dá força e espontaneidade para estar atento sentindo sua aprendizagem e sabedorias vivas e vibrantes.
Apenas intelectualizado o sabedor pode se tornar uma espécie de máquina pensante. Pode até ser produtivo, mas máquina.

Surge um novo traço da pessoa do sabedor. A SENSIBILIDADE provocada como resposta a estímulos sensoriais. Sons, carinhos, tatos, visões, aromas são provocações eficazes para melhores e diferentes aprendizagens.
A pessoa provocada pelo saber desde sua infância sente-se estimulada a ser flexível entre o imaginário e o real, saber do que ambos tratam e do que ambos Têm de possibilidades e até onde se possibilitam melhores vivencias. A flexibilidade em ver, perceber, analisar, julgar e formar pensamento é característica para que se continue no caminho da sabedoria.

No caminho de quem usa sua inteligência, para conhecer, saber e viver é de certa forma imprescindível, em alguma escala ou quantidade, a presença do bom humor. Somente ele pode quebrar tensões bloqueadoras, diminuir frustrações, impulsionar a meta de continuar tentando e indo em frente, suportando erros, não desanima perante pequenos ou grandes empecilhos. É ponto de chegada do prazer da chegada a metas, das etapas vencidas para a trilha do conhecimento e do saber. O objetivo é ser feliz, bem sucedido no que se faz. Mas é preciso se reconhecer isso como tal.

Se ao final se pensa que quem é bom já nasce feito, se está apelando para o fatalismo, caminho inverso de quem quer percorrer. O sabedor se nascesse feito, se perderia no caminho. Seu maior gosto é, desde pequeno, “ir se fazendo ou ir se construindo”.

Pergunta-se novamente a professores de cursos infantis, ensino fundamental, básico, universitário se incluiram todos estas caracteristicas (ou pelo menos algumas) no desenvolvimento de seus programas curriculares e aos pais em atividades de casa.