sábado, 21 de agosto de 2010

LUZ NO FINAL DO TÚNEL - DINAMISMO EM AULAS E TREINAMENTOS tema 13

Como qualquer estratégia para dinamizar grupos pode ser aplicada onde ela melhor se adaptar. A LUZ NO FINAL DO TÚNEL em princípio é indicada para solução de problemas ou estabelecimento de novos comportamentos, novos planos e projetos.
Se a intenção é solucionar problemas com a participação de todos os elementos do grupo segue um exemplo.
Levanta-se a questão do problema. Se todos o percebem, se existe realmente e como se manifesta. Quais seriam as mudanças necessarias. Oralmente.
Com o problema objetivamente estabelecido, ou mesmo que ainda nebuloso procuram-se soluções.
Estas soluções podem ser vistas em primeiro lugar individualmente (ativa a participação individual sem encostar em ninguem) e/ou grupal.

Vamos considerar individual.
1- Cada participante do grupo recebe uma série de círculos com um corte circular no centro. (Modelo no final do texto),
Considerando 4 etapas para se chegar na luz no final do túnel cada participante recebe um jogo de 5 discos de papel onde o primeiro tem círculo cortado no centro maior e a cada disco este círculo diminui até o último que não tem corte mas um pequeno desenho circular no centro com uma lâmpada desenhada ou uma pintura que lembre luz, claridade ou a palavra solução. Cada um toma este último disco e escreve o que acha ser a solução, ou a luz no final do túnel. Então escrevem a cada disco anterior o que vai possibilitando se chegar à luz do final do túnel.
2- Supondo que no primeiro disco alguem escreva resolver dificuldades pessoais. Essa pessoa tem que operacionalizar esta colocação. O que são dificuldades pessoais e como seriam resolveridas especificando-se em ítens, em exemplos. Podendo-se dizer que algumas pessoas têm dificuldade de se comunicar ou trabalhar com determinadas outras. Neste caso dando dicas para que isto possa ser melhor vivido. Pouco investimento em crescimento de indivíduos e de grupos. Dizer como percebe isto acontecendo.
Com este primeiro disco indicando tomada de consciência de uma das pré-soluções, passa-se para o segundo disco.
3 - No segundo disco aponta-se o que ainda é preciso para ter mais clareza da luz no final do túnel. Por exemplo seguindo sugestão do primeiro disco alguem escreve possibilitar trocas de experiências onde uns precisam ouvir e outros falar. Traduzir isto em ações. Criar um sistema de comunicação de resultados de trabalho, de novas experiências, etc.
4 - No terceiro disco a solução seria mais resolvida se não houvessem tantos comentários fora de hora, fora de local e por assim dizer fofocas. Traduzindo-se isto em melhoria de comunicações, diminuição de falatórios, indo ás pessoas certas para esclarecimentos, quem tem informações encontrar o meio viável de passá-las. Onde ocorrem informações inventadas e inverídicas e como sanar este problema. Passo mais avançado para chegar ao final do túnel.
5 - Estabelecido e operacionalizado o terceiro disco chega-se ao quarto, quase na luz do final do túnel. A última coisa que está faltando é cada um colocar sua perspectiva pessoal de comportamento frente ao problema a seer solucionado ou aprendizagem a ser concretizada. O que cada um na sua reflexão se propõe como meta concreta.
6 - No 5o. e último disco e não vazado encontra-se a solução que pode ser harmonia, funcionalidade de trabalho, crescimento em serviço e pessoal, aprendizagem de determinado assunto, etc.
Tendo feito tudo isto, individualmente, podem agrupar-se determinado número de pessoas para discutirem as posições de cada um e levar uma conclusão para discussão do grande grupo.
A coordenação da aula ou treinamento pode determinar anteriormente os passos de cada disco ou folha e cada participante apenas operacionaliza - concretiza  - este avançar no túnel. 
Tudo isto tambem poderia ser feito diretamente em grupo total, mas desde que se tenha bom controle na coordenação da atividade ou da aula com um grupo maior. Pode também ser feito com um grande cartaz ou cartazes sobrepostos simulando a luz no final do túnel, desde a visão da entrada (cartazes que a cada análise vão sendo retirados em direção á LUZ NO FIM DO TÚNEL. Imortante todos contribuirem nas colocações coletivas. Corre-se o risco de não se assumirem e nem pensar sobre o caso quando não é estimulada a participação de todos.

Numa sala de aula é um método de se investigar e tentativa de resoluação de problemas de disciplina. podendo até ser os dois. Frente a uma aprendizagem mais dificil colocar passos antecessores para aquela aprendizagem. É uma boa forma de esclarecimentos e recuperações.
Um exemplo para disciplina em sala de aula.
1- Coloca-se a situação de disciplina que anda atrapalhando aprendizagens, relacionamentos, provocando excesso de disturbios, perda de tempo
2- Estabelece-se o final da luz do final do tunel como um ambiente de sala de aula alegre, que pode até possibilitar brincadeiras, mas que tem que ser produtivo. Entendendo-se com esta produtividade o que é necessario - listado em itens.
3- Cada qual recebe seu material para colocar como se chegar ao final do túnel e escreverá esta produtividade e estes itens lá. Depois colocando tantas perspectivas de início do túnel cada qual escreve tantos passos quanto desejar para se chegar a isto.
Sugestão - um primeiro disco em que cada aluno será responsável por colaborar na aula enquanto disciplina e aprendizagem. Se for o caso listar o que acham que deve ser abolido de imediato. Gracinhas de determinadas pessoas, ironias, desinteresse total seé com ou sem motivos etc.
4- Aulas mais interessantes e dinâmicas. Participação de todos e como não deixar que a indisciplina domine o ambiente.
5-  Estabelecer regras ou algo no gênero (regras existem e não fazem mal a ninguém quando viáveis, necessárias e possíveis).
6- Como será a classe produtiva e feliz no final deste tunel?
Lidando com crianças e adolescentes, ou mesmo adultos, podem ser feitos desenhos pinturas, quem sabe até mini-grafites (pichações são negativas e devem ser retiradas!).
UM CASO DE APRENDIZAGEM - 
Lembrando da excelente professora de História, Dona Elza Maria Franco Soares que nos ensinava Crítica Histórica no antigo curso clássico, ex colegial, atual ensino médio. Não adiantava citar tudo o que se sabia de história se a pergunta fosse sobre causas e consequências, por exemplo, da revolução francesa, pinturas do Renascimento e a política da época ou qualquer assunto. A análise era tudo o que nos abriu a mente para senso crítico e até para aprendizagem de futura semiótica.  Numa aula programada deste tipo coloca-se o fato no último disco e cada disco sobreposto seriam as causas e o último ou consequência já viraria causa de um próximo fato.
Em Física. No último disco a teoria da relatividade de Einstein. Nos discos anteriores a chegada a tal fato. Nós mesmo precisamos assistir a esta e a muitas aulas anteriores. Lembrem que lá em cima dissemos que cursamos o colegial clássico.
Enfim a estratégia tem muitas utilidades, basta inventar o que fazer com ela. E ela trará informações e ajudará bastante em soluções individuais e de conjunto.

MODELO PARA ENCONTRAR A LUZ NO FINAL DO TÚNEL individual ou grupal dependendo do tamanho que se faça.

O que se vê neste exemplo de modelo são pratos de festas com assuntos infantis. Mas para adultos e adolescentes pode-se fazer com o que for mais fácil e no formato mais adequado. Pode-se inclusive fazer no formato de túnel mesmo com as aberturas ampliando-se aos poucos.
Mas os cartazes feitos sobrepostos são fáceis e mais elaborados pelo grupo todo.
Não esquecer que mesmo com alguns passos individuais (se assim for decidido) não pode deixar de lado a tarefa GRUPO TOTAL.

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