segunda-feira, 12 de julho de 2010

QUEM PARIU MATEUS QUE O EMBALE

domingo, 30 de maio de 2010


QUEM PARIU MATEUS QUE O EMBALE


Terminando o mês de maio damos espaço para mais um texto em Psicologia. O tal de Mateus, aquele que quem o pariu que o embale.

Se formos atrás da primeira frase pelo que descreveu Mario Prata, Mateus era um garotinho pobre da velha Roma que foi abandonado na porta de uma familia com o nome escrito num papelzinho. Esta familia o passou para outra porta, e assim sucessivamente. Até hoje não se sabe quem criou Mateus. Nem mesmo se sabe se ele existiu. Embora alguns confirmem certo Mateus Camisans, orador emérito, no Senado Romano. (Mario Prata no livro "Mas será o Benedito?" Editora Globo).
Outro dito semelhante é TOMA QUE O FILHO É TEU.
Mas o que isto tem a ver com as mães em término de mes de maio?
Aquela velha historia de que se o filho é bom, sua mãe é uma maravilhosa TAMBEM COM A MÃE QUE TEM e se o filho não é lá estas coisas, vem o negativo TAMBEM COM A MÃE QUE TEM.
Em síntese todos os filhos tiveram mães. Alguns como Nero teve Agripina que queria o poder através de seu péssimo filho que ela levou de dote quando se casou com o Imperador Claudio.
Hitler teve Frau Klara de quem nada sabemos. Mas estas duas mães pelo menos, quem sabe, se tivessem embalado positivamente seus Mateus pelo menos duas historias da Historia seriam bem diferentes.
O real nestas expressões é que pais e mães devem assumir seus filhos. Isto significa educá-los, torná-los cidadãos éticos responsáveis, alegres, maavilhosos, santos etc? Podemos deixar por menos, um pouco menos apenas. Pelo menos que não eduquem seus filhos só para dentro de sua casa e que fora daí em qualquer lugar ele poderá ter território livre. Isto é, não há respeito por diferentes espaços, diferentes situações, tudo pode traumatizá-lo e ele não pode ser bobo, aquela nova máxima educativa propagada por aí. Muitas crianças e adolescentes aprendem, desde sua casa, que tem garantir o seu e os outros... Ah, são os outros! Dirão que ninguem ensina isto, mas tambem não se mexe no contrário. Acreditam que crescendo tudo mudará. Daí vem outra frase aquela do pepino pequenininho...
Em outros negativos casos mães e pais delegam seus filhos. A escola é reponsavel pela educação dos mesmos, mas ai da escola se fizer algum comentário que a familia não aprove, pois seus filhos são o máximo. Pouco entendem que cada filho é o máximo para seu pai. Lembro de um caso de uma senhora que achava que o filho dela deveria ter desconto integral na escola, pois sua irmã tinha sido excelente aluna naquela escola e entrado numa ótima universidade. Não passou pela cabeça desta mãe que escolas, pelo menos em média, têm (ou deveriam ter) a cada série excelentes alunos em notas. Para muitos pais não há esta visão de alem mundo, fora de sua casa e dos seus.
Muitas mães brigam para garantir apenas para seus filhos o que seria de todos.
Então o que se solicita quando se quer entregar o filho para suas reais mães é que elas tenham a estrutura de educar seu filho, pois outros não têm que carregá-los, pois eles não sabem conviver, compartilhar. Aprender a auto-valorização é dentro do contexto social e não em detrimento dos outros.
Quantas vezes em locais onde crianças não são proibidas, mas ocupam todo um espaço que não é apenas delas e os pais parecem que nem as conhecem. Lá vem a vontade em muitas pessoas de dizer o quem pariu Mateus que o embale.
E se alguem ousar dar apenas um aviso para que a criança ou adolescente não façam tal coisa - que às vezes até é para não se machuquem - os pais aparecem de imediato para contra tudo e todos, ao invés de saber o que acontece, defender incodicionalmente seu rebento.
Em geral o que os pais acham que estão fazendo é amar seus filhos. Mas Paulo Gaudêncio já disse que amor demais pode ser corrupção (Minhas razões, tuas razões - Editora Gente)



Talvez este texto como término do mes de maio seja para recomendar que a maternidade não se completa no biológico. A parte psicologica em formação de sentimentos, de afetos, de sociabiliazação não vem naturalmente com a maternidade. Isto deve ser aprendido, verificado, vivenciado.
A moral do texto é para que mães não parem de crescer, estudar o seu papel materno, estudar o mundo em que todos vivem. Talvez o Mateus parido, ou o filho que é teu queiram lhe dar um passaporte para eterno aprendizado de mãe. Parece fácil e é, mas para quem se dedica a estar sempre aprendendo e crescendo.



Postado por Maria Dobradura às Domingo, Maio 30, 2010

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